Consideram-se três principais tipos de violência:

 

1. Violência Física

Consiste no uso da força física com o objectivo de ferir, magoar, causar dano à integridade física de uma pessoa, deixando ou não marcas visíveis. Traduz-se em:

• - Pontapés;
• - Bofetadas;
• - Empurrões;
• - Espancamentos;
• - Sufocar com as mãos, almofadas, ou por outras formas;
• - Atirar objectos, facas,
• - Usar armas;
• - Provocar queimaduras;
• - Tentativas de homicídio ou até mesmo,
• - Morte.

 

2. Violência Psicológica ou Emocional

Qualquer acção realizada voluntariamente com a intenção de provocar sofrimento emocional à pessoa a quem é dirigida. Consiste em:

• - Desprezar;
• - Menosprezar, Insultar;
• - Culpar;
• - Ameaçar;
• - Controlar ou Humilhar em privado ou em público;
• - Impedir de trabalhar,;
• - Isolar (Proibir o contacto com amigos, vizinhos e familiares, proibir a ida aos serviços, a actividades sociais);
• - Proibir o uso de vestuário ou artefactos;
• - Proibir ou controlar o uso do dinheiro ou outros bens;
• - Controlar ou destruir documentos; fotos, …

 

3. Violência Sexual

Qualquer forma de imposição de práticas de natureza sexual contra a vontade da pessoa, recorrendo a ameaças, coação ou à força física.

 

Considerações

É difícil dizer que uma pessoa é vítima de um único tipo de violência:

- Uma relação fisicamente violenta tem sempre associado um grande sofrimento emocional.

A violência psicológica tem habitualmente efeitos físicos (a angústia fragiliza a saúde de quem é vítima), e pode progredir ao longo do tempo, para uma relação de violência psicológica e física.

- À violência sexual está associado um grande sofrimento emocional (violência psicológica) e provoca muitas vezes lesões físicas (violência física). É uma forma de violência com efeitos muito graves na vítima.

 

- Muitas das pessoas que sofrem violência sexual, se esta é exercida pelo marido, companheiro ou namorado, não consideram que esse é um acto de violência. Consideram-no como uma “necessidade” e um “direito” de satisfação sexual por parte de quem o exige. Esquecem que uma relação sexual entre duas pessoas deve ser uma manifestação mútua de afectos, resultado da relação amorosa que vivem.

 

- As vítimas de violência esperam que os seus sentimentos pelo agressor, que as promessas que o agressor faz, que aquilo que ela (vítima) vai sofrendo em silêncio possa um dia fazer mudar o comportamento do agressor e trazer a mudança e a “paz”.

Contudo, como sabemos, não é isso que acontece. O mais comum é que qualquer um destes tipos de violência se agrave e seja cada vez mais frequente ao longo do tempo de vida em comum ou mesmo depois de já terem terminado a relação.

(Ver “o Ciclo da Violência” neste site).

 

 

NÃO GUARDE SILÊNCIO!